Pequim

Nadir Afonso

Serigrafia sobre papel Ι 39x57 cm
1.100 €

Cidade dos Príncipes

Nadir Afonso

Serigrafia sobre papel Ι 38x55 cm
1.100 €

Cidade Incerta

Nadir Afonso

Serigrafia sobre papel Ι 37x54 cm
1.100 €

NADIR AFONSO

Nadir Afonso Rodrigues nasceu em Chaves a 4 de Dezembro de 1920 e faleceu em Cascais em 11 de Dezembro de 2013.

Em 1938 ingressou no curso de Arquitectura na Escola de Belas-Artes do Porto. Terminados os estudos partiu para Paris, em 1946, onde se inscreveu na École des Beaux-Arts para estudar Pintura, e obteve, por intermédio de Portinari, uma bolsa de estudo do governo francês. Colaborou, de 1946 até 1948 e novamente em 1951, com Le Corbusier. Foi um projecto desenvolvido sob orientação deste que esteve na base da tese A Arquitectura não é uma Arte, que defendeu no Porto em 1948. Paralelamente, trabalhou na pintura, servindo-se do ateliê de Fernand Léger.

No final de 1951 deslocou-se para o Brasil, onde trabalhou com Óscar Niemeyer. Em finais de 1954 estava de regresso a Paris. Participou no movimento da arte cinética, expondo na galeria Denise René em 1956 e 1957 e em colectivas com Vasarely, Herbin, Bloc e Mortensen. Neste âmbito efectuou a série Espacillimité, que apresentou no Salon des Réalités Nouvelles de 1958. Publicou a obra de reflexão estética La Sensibilité Plastique (Paris: Presses du Temps Présent, 1958). Na vanguarda da arte mundial, apresentou no ano seguinte a sua primeira grande exposição antológica, na Maison des Beaux-Arts de Paris.

Representou Portugal na Bienal de São Paulo, no Brasil, em 1961 e em 1969.

Em 1967 recebeu o Prémio Nacional de Pintura e, passados dois anos, o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso. A Fundação Calouste Gulbenkian dedicou-lhe uma exposição retrospectiva que foi apresentada em 1970 no Centre Culturel Portugais, em Paris, e posteriormente em Lisboa. Publicou Les Mécanismes de la Création Artistique (Neuchâtel: Editions du Griffon, 1970). Condecorado com os graus de Oficial (1984) e Grande-Oficial (2010) da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Em 2003 foi realizado o filme Nadir, da autoria de Jorge Campos, para a Radiotelevisão Portuguesa. O livro Sobre a Vida e Sobre a Obra de Van Gogh (Chaves Ferreira Publicações, 2002) foi seleccionado para melhor livro de Arte da Feira de Frankfurt de 2003 e para figurar no Museu do Livro em Leipzig.

Artista homenageado na XII Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira (2003), onde apresentou uma exposição antológica, e na 2ª Feira Internacional do Estoril, onde foi atribuído o Prémio Nadir Afonso (2004). Nadir tem desenvolvido uma extensa obra plástica e teórica centrada na busca do Absoluto na Arte e publica diversos livros. Em 2010, foi realizada uma grande exposição da sua obra no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, e, seguidamente, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa. O Museu da Presidência da República dedicou-lhe uma exposição de caracter retrospectivo dando evidência aos estudos.

Em 2012 é apresentado no Teatro São João no Porto o filme Nadir Afonso: O Tempo não Existe de Jorge Campos. Em 2016 Bernardo Pinto de Almeida realiza o filma Nadir.

Uma importante exposição antológica é mostrada em Roma no Museu Carlo Bilotti/Vila Borghese e complementada por outra em Veneza no Instituto Veneto di Scienze Lettere e Artis. (2012).

Em 2013 é inaugurado o Centro de Artes Nadir Afonso em Boticas e em 2016 é aberto ao público o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, projecto de Álvaro Siza. A exposição inaugural Nadir Afonso – Chaves para uma obra com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida.

Era membro da Academia de Belas Artes e Membro Honorário da Ordem dos Arquitectos. Doutor Honoris Causa pela Universidade Lusíada, Lisboa (2010) e pela Universidade do Porto (2012).

Fundação Nadir Afonso


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